João Pedro, um adolescente de 14 anos, foi morto a tiros em meio a uma operação da Polícia Federal no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio. A ação aconteceu na noite da última segunda (18/05).
Ademais, os familiares do jovem informaram que os policiais invadiram o local e já chegaram atirando. “A polícia chegou lá de uma maneira cruel, atirando, jogando granada, sem perguntar quem era. Se eles conhecessem a índole do meu filho, quem era meu filho, não faziam isso. Meu filho é um estudante, um servo de Deus. A vida dele era casa, igreja, escola e jogo no celular”, disse Neilton Pinto, pai de João Pedro.
De acordo com a Polícia Civil, o garoto foi atingido por conta de um confronto dos policiais na comunidade. João Pedro foi ferido e levado de helicóptero de sua casa pelos oficiais. Ademais, isso aconteceu sem que ninguém pudesse o acompanhar e não foi informado onde o garoto iria ser levado.
Depois disso, a família ficou sem notícias de João Pedro até a manhã desta terça (19/05), quando foram informados da morte. “Algumas perguntas precisam ser respondidas. Por que ficaram tanto tempo com o corpo do garoto? Por que só de madrugada indicaram o IML de Tribobó? Como foi essa retirada do corpo dele? Se o corpo dele foi levado para o heliporto, porque não houve nenhum pronunciamento de parte da Polícia Civil e da Polícia Federal? “, questionou o advogado Rodrigo Mondego, da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ.
Por isso, foi aberto na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí um inquérito para investigar a morte do jovem.