Bruno Fernandes, condenado e preso pela morte de Elisa Samúdio, fez sua reestreia no futebol. O goleiro entrou em campo pelo Rio Branco-AC e venceu a partida contra o Náuas por 2 a 0. Apesar da vitória, a equipe de Bruno teve que lidar com as críticas pela escalação do goleiro. “Deveria ter perdido de 10 a 0 só pra demitir esse goleiro assassino”, comentou um torcedor. “Que constrangedor. O time adversário não deveria nem entrar em campo. Falta de respeito com as mulheres”, respondeu outro.
O nome de Bruno chegou a ser cogitado pelo técnico para iniciar a partida como capitão, mas a chuva de críticas fez com que o treinador mudasse de ideia. “Quero começar a pedir desculpa por ter dito ontem que o Bruno ia ser capitão, mas aquilo que eu temia e foi sempre a minha dúvida já está acontecendo. Porque as pessoas põem logo nas primeiras páginas como se o capitão fosse o melhor, como se fosse um extraterrestre. O capitão é um cara que fala com o juiz, mais nada. Então, já estão outra vez comentários racistas (e outros). Aquilo que eu temia, o culpado sou eu, tampouco ninguém é culpado, sou eu o culpado, mas o Bruno não vai ser o capitão. Quando quiserem falar no Bruno que seja porque ele fez uma grande exibição, porque ele fez um gol. Agora, ser capitão, começaram até cair pra cima de mim críticas, e acho que não há necessidade disso”, disse.
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Climão durante a partida
Aos 34 minutos do primeiro tempo houve um pênalti para a equipe do Rio Branco. Bruno atravessou o campo e pediu para cobrar. O pedido do goleiro foi negado por Wandinho, seu companheiro de equipe, que bateu o pênalti e acabou perdendo. Após o fim do jogo Bruno ignorou a imprensa e seguiu ao vestiário.
